Travel, Tips & Lifestyle: #Portugal: Azores - São Miguel Island

O nosso segundo dia na Ilha de São Miguel começou bem cedo. Tomamos o pequeno-almoço na pousada e rumamos até ao Continente de Lagoa para comprarmos umas baguetes e uns sumos para o almoço e uns iogurtes para o lanche. Mas não foi esta a primeira paragem da nossa aventura, foi apenas um pequeno desvio. Decidimos dividir a ilha em três para visitarmos por zonas nos três dias que lá íamos passar de manhã à noite e assim poupávamos nas viagens e no tempo, pois era escusado andarmos para trás e para a frente e para o primeiro dia escolhemos o lado nordeste da ilha:

Vista para o mar do miradouro

Vista em direção ao centro da ilha do miradouro

1. Miradouro do Pisão:

Pouco tempo depois de termos saído da pousada e rumado em direção a Vila Franca, decidimos parar num miradouro em Ribeira Chã e um pouco mais à frente paramos ainda no Miradouro do Pisão, em Água de Pau, pois as vistas eram incríveis e eu estava apaixonada (na verdade por cada quilómetro que andava podia parar, mas não era viável).

Vista do miradouro do Pisão

2. Vila Franca do Campo:

A primeira grande paragem foi em Vila Franca do Campo, uma vila pequena mas linda onde, para além da própria vila, deve ser visitada a Ermida e Miradouro de Nossa Senhora da Paz e vislumbrar a vista sobre o Ilhéu. É possível ir até ao Ilhéu de barco e pelas fotos que a internet nos presenteia vale bem a pena a viagem. Infelizmente não consegui visitar pois a estadia era curta e a altura do ano e meteorologia não eram as melhores, mas a vontade ficou aqui guardada para uma próxima visita à ilha.

Aconselho também a visitarem a fábrica das queijadas de Adelino Morgado Medeiros e a provarem (e a levarem como presente para familiares) as famosas queijadas de Vila Franca do Campo. São uma delícia :P

Ilhéu de Vila Franca

Vista da Ermida para Vila Franca e o Ilhéu

Ermida de Nossa Senhora da Paz

Uma das milhares de vacas que povoam os Açores

3. Lagoa das Furnas:

Continuamos caminho chegando algum tempo depois à Lagoa das Furnas. É um ótimo local para parar, respirar ar puro, apreciar o verde e a paisagem e ouvir a calma da água da lagoa.

Lagoa das Furnas

4. Caldeira das Furnas:

Depois voltamos à estrada e paramos um pouco mais à frente, nas tão afamadas Caldeiras das Furnas onde se cozinha o mais típico prato da Ilha de São Miguel: Cozido das Furnas, cozinhado na terra junto das caldeiras das furnas, o que lhe confere um sabor único. Existem vários restaurantes onde podem comer esta iguaria. Aconselho-vos a visitarem este site para encontrarem um bom restaurante que serve cozido das furnas, no entanto ao visitarem a zona das caldeiras, cujo preço é de 50 cêntimos por pessoa, podem reservar mesas em alguns restaurantes que lá estão representados.

Funarola

Retirada dos tachos com o cozido das furas

5. Vila das Furnas:

Demos um passeio pelas caldeiras, apreciamos a vista deslumbrante que é a Lagoa das Furnas e toda aquela vegetação à volta e rumamos até ao centro da vila das Furnas onde almoçamos as nossas baguetes, sentados num muro junto das fumarolas. Lá podemos apreciar a atividade vulcânica da vila e ainda fomos brindados com a simpatia dos locais, sempre de sorriso aberto e muito conversadores. Depois de bem comidos, bem bebidos (há que provar as águas provenientes de duas fontes da vila) e de olhos cheios (é impressionante o que a natureza é capaz de criar) seguimos viagem rumo a Ribeira Quente.

Vila das Furnas

Fumarolas na Vila das Furnas

Ribeira que passa na Vila das Furnas

6. Ribeira Quente:

Tenho a dizer que a estrada entre as Furnas e Ribeira Quente é mesmo das mais belas que alguma vez vi. Todo aquele verde, com muitas quedas de água, toda uma envolvente bem íngreme que impressiona e chega a meter medo. Se há que conduzir em alguma estrada nos Açores, esta é sem dúvida a minha primeira opção e a boa notícia é que tem que se fazer a estrada duas vezes (ida e volta) pois não existe alternativa para chegar/sair da freguesia de Ribeira Quente, uma freguesia muito bonita e à beira-mar.

Ribeira Quente

Queda de água na estrada de Ribeira Quente

7. Povoação:

De volta à estrada chegamos até há vila de Povoação onde passeamos junto ao mar, vimos o Jardim Municipal, os Paços do Concelho e algumas ruas. Foi-nos aconselhado comer os “fofos” que são uns doces típicos desta vila, mas estávamos ainda tão cheios do almoço que não conseguimos. Já provaste? Vale a pena?

Vila de Povoação

8. Miradouros da Ponta da Madrugada e Ponta do Sossego:

Continuando pelo Nordeste da ilha, voltamos a parar em dois miradouros: o da Ponta da Madrugada e o da Ponta do Sossego, relativamente perto um do outro e semelhantes em termos de beleza. Admiro a limpeza e o cuidado em termos de jardinagem dos miradouros deste lado da ilha. As casas de banho eram limpas, existiam churrasqueiras com paus e pinhas, preparados para bons piqueniques e os gatos que por ali habitavam tinham comida e estavam bem tratados. Para além de tudo isto a vista era de cortar a respiração.

Vista do Miradouro

9. Farol do Arnel:

Na ponta Nordeste da ilha existe um farol, o Farol do Arnel, cujo caminho ingreme até lá quase me fez desistir da visita. Bem, na verdade não fui mesmo até à porta até porque me pareceu estar fechado, mas percorri um belo caminho até o conseguir avistar!

Farol do Arnel

10. Fábrica e Plantações de Chá Gorreana:

Quase a fechar a visita ao lado Nordeste da ilha não podia faltar a fábrica e as plantações de chá Gorreana, cuja visita vale bem a pena e tem entrada gratuita das 8h às 19h. No fim da visita tomem um chá quentinho (também gratuito) e aproveitem para trazer uma recordação. Eu provei ainda um gelado de chá verde que era uma delícia!

Maquinaria da fábrica

Plantações de Chá

Fábrica de chá

11. Miradouro Pico do Ferro:

A caminho do nosso último destino fizemos uma paragem no Miradouro Pico do Ferro onde se vislumbra a Lagoa das Furnas e a zona das caldeiras. Infelizmente o tempo já não estava a nosso favor, mas ainda deu para apreciar tamanha beleza.

Vista do Miradouro

12. Poça da Dona Beija:

Por último fomos cozinhar-nos (sim, sentia-me realmente numa panela de água quente) nas piscinas da Poça da Dona Beija. É uma ótima maneira de terminar um dia cheio de passeio, é ótimo para relaxar e acreditem, no fim vai saber-vos mesmo bem ir dormir!

A Poça da Dona Beija é um conjunto de cinco piscinas de água termal com diferentes temperaturas entre si, situada no meio da floresta tropical típica dos Açores. O preço ronda os 6€ e está aberta das 7h às 23h. Não têm tempo máximo para lá estar por isso podem usufruir das piscinas o dia todo, no entanto é proibido lá comer o que dificulta a estadia de tantas horas!!! Eu aconselho irem ao fim do dia, pois assim aproveitam o dia para passear e conhecer a ilha e quando lá chegarem podem desfrutar do pôr-do-sol, de toda a envolvência mágica e do acender das luzes que dá logo um ar mais relaxante e romântico. E quando chegarem à cama… trazzzzz… é só tombar!!

Poça da Dona Beija (Desculpem a qualidade, mas era de noite e a câmara do telemóvel não era a melhor)

13. Restaurante Associação Agrícola:

Como o almoço não foi muito nutritivo, decidimos ir jantar a um afamado restaurante em Rabo de Peixe e que ótima escolha a nossa, o restaurante da Associação Agrícola! É sem dúvida dos melhores (senão o melhor) sítio onde comer em São Miguel. O sabor da comida é mesmo fresco, tudo bem confecionado e produtos típicos da região. Então o naco de carne, ui, saudades… O melhor de sempre, sem dúvida!

Não é o restaurante mais barato do mundo (também não é o mais caro), mas vale a pena nem que seja pelo menos uma vez (e nós até poupamos no almoço a comer apenas baguetes!)

Restaurante da Associação Agrícola

Requeijão com molho picante

Prato de carne

Acompanhamentos

Sobremesas

Apontamentos:

– Esta viagem foi realizada em março de 2017. Alguns preços/informações podem estar desatualizados por isso aconselho-vos a fazerem uma breve pesquisa caso queiram ir bem informados.

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Daniela Pinto