#Thailand: Day 1 - Bangkok

Meses e meses de preparação e espera e o tão aguardado momento chegou! Depois da tão demorada e aguardada chegada lá pus os pés fora do aeroporto de Bangkok e fui logo recebida por um bafo quente e húmido, mas pouco durou pois a carrinha do transfer era um autêntico frigorífico (sim, lá têm sempre o ar condicionado no super máximo e passas dos 30º para os 10º num abrir e fechar de olhos, chegas até ao ponto de ponderar vestir o casaco mesmo que a viagem dure apenas uns 3 minutos!). O segundo grande choque é a condução: eles são uns loucos!! Já fico com o cérebro meio trocado por o volante ser à direita e os sentidos serem os opostos de Portugal, mas é vê-los a ultrapassar pela direita, pela esquerda, a passar 3 ou quatro faixas de uma só vez, a passar vermelhos e a apitar uns para os outros quando ainda faltam 4 segundos para passar a verde! WOW!!

O nosso hotel, o Novotel Felix Silom, era tal e qual as fotografias e o quarto era aquilo que eu esperava: king-size bed, chuveiro com vidro para o quarto, bar com chá e café e uma janela gigante com uma vista incrível para os prédios em redor, principalmente o prédio do Sky Bar e apesar de estar paredes meias com uma autoestrada (ou semelhante a isso) nenhum barulho de toda a confusão que são as ruas de Bangkok se ouvia no quarto.

O desejo de visitar a cidade era enorme e o tempo demasiado curto, pois na verdade só íamos ter esta tarde e o dia seguinte. Estamos a falar de uma cidade gigantesca com cerca de 10 milhões de habitantes, 10 MILHÕES!!!! Portugal inteiro numa cidade, imaginem só!

Depois de trocarmos de roupa e de verificarmos quais dos monumentos principais estavam abertos aquela hora (grande parte fecha por volta das 16h), lá nos decidimos a visitar o Wat Arun - Templo do Amanhecer, pois era o que ficava mais afastado da zona centro (na verdade está só do outro lado do rio) e ainda íamos a tempo de o apanhar aberto. E foi aqui que começou a chulice toda. Pessoal, se é para negociar negoceiem, não sejam como estes dois burros que aceitaram a primeira coisa que lhes apareceu! (Desgraçadas destas duas almas que estavam cansadas, com sono, cheias de pressa e com medo de não verem nada aberto e perder uma tarde de visitas).

Mal saímos do hotel fomos abordados por um condutor de tuk tuk, mostramos-lhe onde queríamos ir e ele disse que só dava de barco. Eu regateei e disse que se ele não nos queria levar que chamava um táxi mas o M. não estava muito para aí virado e aceitou a proposta dele: ir de tuk tuk até ao cais, ir de barco até ao templo, ter 20 minutos no templo e voltar de barco, tudo pela módica quantia de 1000 bahts, cerca de 25€, coisa pouca vá!

E assim aconteceu a situação de que mais me arrependo em toda a viagem. Sim o passeio de barco foi agradável e deu para ver a cidade através do rio, íamos só os dois o que encarece logo a viagem e também se torna mais romântico, mas só tivemos 20 minutos gente, 20 minutos para ver o templo! Ninguém vê um templo, tira fotos, aprecia a vista e tudo mais em 20 minutos. Ainda por cima era aquele primeiro impacto com a religião budista… Mas pronto… Acabamos por ver o que conseguimos e fazer dois check na nossa lista: Wat Arun e passeio de barco no rio Chao Phraya.

De volta ao hotel e sem vontade nenhuma de voltarmos a ser chulados, lá nos decidimos a ficar a descansar na piscina, aproveitar um pouco o bafo, mesmo que estivessem a cair uma pingas do céu, antes de procurarmos um sítio para jantar.

De volta à aventura, saímos do hotel rumo ao tão afamado mercado noturno de Patpong que ficava relativamente perto de onde nos encontrávamos. Pelo caminho tivemos que nos aventurar em passadeiras cheias de motos e tuk tuk prontos para nos passarem a ferro e começamos a apreciar o que é viver e andar numa cidade gigante. E lá encontramos o Patpong. Este mercado parece uma das nossas feiras semanais, onde vendem roupa, aparelhos eletrónicos, recordações, entre outros, e onde nos tentam aliciar a ver um espetáculo de Ping Pong (aconselho-vos a pesquisarem sobre o assunto, vão ficar surpreendidos).

Passado o mercado encontramos um restaurante com bom ar e cuja comida tinha muito bom aspeto. E acertamos em cheio. Estes foram os nossos pratos e eram uma maravilha! Grande primeiro impacto com a comida tailandesa!

Terminado o jantar fizemos o percurso inverso, no qual ainda consegui negociar e comprar uma espécie de matrícula como recordação. Aconselho vivamente a visita a este mercado. É tão giro vocês perguntarem o preço (em inglês) de alguma coisa, apontarem para essa coisa, vir o dono da barraca com uma calculadora, colocar lá um preço, vocês dizerem que não e ele espetar-vos com a calculadora em cima e insistir para que lá coloquem um número com o valor que pretendem dar por esse objeto. Completamente diferente do que estou habituada 😊

Apontamentos:

- O Wat Arun - Templo do Amanhecer - é um ótimo local para se tirar fotos durante o pôr-do-sol, infelizmente no dia em que fui estava nublado. É acessível de carro e de barco, sendo que neste último caso podem apanhar um ferry no cais Tha Tian Pier com um custo de 50 Baht (só ida/volta). A entrada neste templo custa 50 Baht, cerca de 1,30€, e caso cheguem de barco têm que pagar 30 Baht por estacionamento do barco (é um pouco wtf mas pronto...). Encontra-se aberto das 7:30h às 18:00h;

- O Patpong (Phatphong) é um mercado noturno por isso só compensa visitá-lo durante a noite, já depois das 19:00h. Aconselho também um passeio pela Suriwong e Silom Areas que ficam nas redondezas.

- O restaurante onde jantamos chama-se Sarica Bar & Restaurant e fica no Sarika Building 37 Silom Rd. Khwaeng Suriya Wong. Khet Bang Rak. Krung Thep Maha Nakhon 10500.

Daniela Pinto