#Portugal: Madeira Island - Day 1

Olá! Sejam muito bem-vindos a esta nova aventura que parte diretamente do local onde estão rumo à tão famosa ilha da Madeira, em Portugal! Ao longo dos próximos posts vou partilhar todos os locais que visitei deste pedaço de terra português que fica bem perto do continente africano.

Nascer do sol o avião

Parti ruma à ilha numa quinta de manhã e voltei para o continente num domingo de manhã, sendo que ao todo estive três dias inteiros (e três noites) na Madeira. Foi a primeira vez que viajei pela Easyjet e gostei muito, o serviço é muito semelhante ao da Ryanair, mas os hospedeiros não são tão “chatos” nem insistentes para comprar produtos, logo o voo é muito mais silencioso e sossegado, no entanto esta companhia peca, a meu ver, na quantidade de malas que se pode levar na cabine, pois apenas podemos levar uma bagagem de mão, e não uma mala mais uma carteira como nas outras companhias, o que para mim me dá um jeitaço para levar a máquina, os documentos, a carteira, os bilhetes e tudo o mais que seja assim de primeira necessidade.

Já com os pés em terra, fomos levantar o bolinhas que nos ia transportar pela ilha nos dias seguintes, e sim, acho essencial alugar um carro na Madeira pois, apesar de me parecer que até tinham alguns meios de transporte públicos em zonas com algum interesse, não há nada como andarmos ao nosso ritmo e explorarmos todos os cantos da ilha. E digam lá se não nos calhou uma bela viatura?! Isto de andar com o cabelo ao vento não é para todos 😊 

Fiat 500 Cabrio da Europcar

Mas deixemo-nos de conversas e vamos lá ao roteiro:

1. Praia de Machico:

Esta é a praia mais conhecida e mais frequentada pelos madeirenses devido ao seu areal amarelo vindo diretamente de Marrocos, ainda que uma parte da praia seja com calhaus e mais calhaus. É um bom sítio para se passear, e uma pequena localidade muito bonita, onde paramos para tomar o nosso segundo pequeno-almoço do dia;

Praia rochosa de Machico

Machico visto do mar

2. Prainha:

Eu sei, mais uma praia, mas esta é uma típica praia madeirense com areia escura, bem no fundo de uma encosta e rodeada de pedras vulcânicas. O caminho até lá envolve algumas escadas, mas é muito bonita e sossegada;

Formação rochosa na Prainha

Paisagem do caminho até à Prainha

3. Ponta de São Lourenço (Miradouro Ponta do Rosto):

Este é o lado mais a este da ilha onde não existe abundância de verde na natureza e tudo parece um pouco árido. Daqui é possível observar as ilhas desertas e ainda fazer um pequeno trilho que nos leva mesmo até ao fim da ponta;

Ponta de São Lourenço

Sobreposição de pedras na Ponta de São Lourenço

Euzinha a fazer.-me para a foto :P

4. Praia do Faial:

Esta praia é muito peculiar, pois tem umas formações rochosas chamadas disjunções colunares em basalto e são muito interessantes para quem gosta da área da geologia, sendo que também é possível observar as ravinas íngremes que se estendem ao longo da costa. Aqui não existe areia, apenas calhaus e umas escadas que nos permitem chegar ao mar;

Formações rochosas da praia do Faial

Praia do Faial

Encostas ao largo da praia do Faial

5. Casas de Santana:

Decidimos fazer uma pausa nas praias e rumamos até à tão afamada cidade de Santana de onde são originárias as casas em forma de triângulo e com cobertura de palha. É possível ver e visitar três destas casas que se situam na Praça Municipal, junto à Câmara Municipal de Santana, que servem de lojas e posto turístico. Existem ainda mais duas casas que é possível ver no largo, mas que são propriedades privadas.

Posto de turismo de Santana

Casa das flores de Santana

Mas Santana não ficou só por aqui! Ainda fomos ao Parque Temático da Madeira onde existem diferentes atrações e um grande jardim onde são explicados e demonstrados aspetos relacionados com a cultura madeirense. É possível comprar um bilhete para todas as atrações, no entanto nós optamos apenas pelo bilhete do exterior pois não queríamos perder muito tempo no parque. Dentro do recinto existe ainda um restaurante e um café e foi neste último que almoçamos umas sandes em bolo do caco. O bilhete custou apenas 1€ e o parque está aberto das 10h às 19h (para mais informações clica aqui);

Casa de Santana em miniatura

Garrafa de vinho da Madeira

Forno a lenha típico desta zona da Madeira

Casa do forno a lenha

Casa típica de Santana

Bananeira com bananas

6. Quinta do Furão:

Ora, sendo o meu querido M. um entusiasta de vinho, tínhamos que ter uma quinta no roteiro e a escolhida foi a Quinta do Furão, que também tem um hotel com uma vista magnífica sobre o mar, onde é possível visitar a adega, fazer provas de vinho, passear nos jardins e vinhas e ainda almoçar/jantar no restaurante. Acho que mesmo para os que não se interessam por esta área, é um bom ponto de paragem;

Zona e maquinaria onde as uvas são pisadas e de onde se extrai o seu suco

Vista da Quinta do Furão

Quinta do Furão

Saídos da Quinta, decidimos fazer um troço da estrada R101, a antiga estrada que rodeava toda a ilha e que tem sido substituída por novos troços ao longo dos últimos anos devido à sua perigosidade, desde Santana até São Vicente. Apesar de serem poucos quilómetros, esta é uma viagem de 1h que passa nas localidades de São Jorge, Ribeira Funda, Arco de São Jorge, Boaventura e Ponta Delgada, por imensos miradouros e onde é possível encontrar vendedores ambulantes de fruta que vendem algo como: banana-maracujá, banana-ananás, maracujá-laranja e maracujá-limão, e não, não me enganei nos nomes, estas variedades destes frutos tão comuns existem mesmo, perguntem!

7.  Miradouro da Beira da Quinta (Miradouro de Cabanas):

Decidimos parar neste miradouro para descansar um pouco da viagem, apreciar as frutas que falei no parágrafo anterior e ver as vistas deslumbrantes do norte da ilha.

Vistas do Miradouro

8.  Centro de Vulcanismo de São Vicente:

Chegados a São Vicente, visitamos as grutas vulcânicas de São Vicente, que são grutas formadas através da passagem da lava, há milhares de anos atrás, e ainda tivemos uma noção de como surgiu o arquipélago da madeira e uma pequena aula de geologia. Este, a meu ver, é um ponto de paragem obrigatório e vale bem os 8€ que custa o bilhete de entrada. As grutas estão abertas das 10h às 18h (mais aqui);

Gruta vulcânica

Pequena reserva de água dentro da gruta e onde estão a fazer experiências de estágio de vinhos

Água límpida na gruta vulcânica

9. Miradouro do Véu da Noiva:

O miradouro do Véu da Noiva permite-nos ter uma vista para uma queda de água que batia no pavimento da estrada R101, troço este já desativado até por motivos óbvios (reparem que houve uma derrocada onde a queda de água começa). Como dá para perceber, ainda bem que esta estrada tem vindo a ser substituído pois era uma estrada bem negra, no entanto a nova alternativa peca pela quantidade de túneis que não permitem vislumbrar toda a natureza;

Queda de água do Véu da Noiva e parte da estrada R101 que desabou

10. Piscinas naturais do Seixal:

Esta paragem não estava nos nossos planos, mas como ainda era cedo e só nos faltava apenas mais uma paragem, decidimos conhecer este local e que boa escolha fizemos. Nesta localização, para além de uma piscina natural de água límpida e com ótimas condições, ainda existe uma praia com areal escuro, típico da madeira, ideal para quem prefere ir para uma água com ondas;

Piscina da Praia do Seixal

11. Ribeira da Janela:

Por último fomos visitar a Ribeira da Janela, mais propriamente a foz da ribeira que lá passa e onde os fenómenos geológicos são absolutamente impressionantes e nada comuns. Tem ainda umas escadas que nos levam a uma gruta e que nos faz ter uma vista sobre o mar muito bonita.

Vista da gruta da Ribeira da Janela

Gruta da Ribeira da Janela

Já com o dia a terminar, deslocamo-nos até ao Funchal, numa viagem que durou cerca de 1h, e jantamos no famoso Castelo dos Hambúrgueres. Confesso que esperava um lugar muito moderno, “trendy” como agora se diz, no entanto é apenas um restaurante tipo tasca, mas que não peca pela qualidade. O hambúrguer no bolo do caco é uma maravilha, o molho é delicioso e o sumo natural é mesmo refrescante. Na minha opinião peca apenas por não ter umas batatinhas fritas caseiras para acompanhar o belo do hambúrguer, no entanto recomendo a visita (e é bem em conta!!!)

Hambúrguer em bolo do caco e sumo natural de frutos vermelhos

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Daniela Pinto